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Lançado o site da Feira Raízes do Campo - A Feira Agroecológica de Jabó


A agroecologia é uma proposta de desenvolvimento rural sustentável, onde os agricultores têm terra e liberdade para produzir, produzem sem usar agrotóxicos e outros venenos, respeitam a natureza e preservam nossas águas e solos saudáveis, oferecendo produtos de qualidade que não prejudicam nossa saúde.

Jaboticatubas, município localizado na Serra do Cipó, tem agricultores agroecológicos, que vêm preservando e resgatando a forma de produção dos antigos e aprendendo juntos outras formas de produzir com respeito à vida, através de cursos, oficinas, encontros e conversas.

Eles estão reunidos na Feira Raízes do Campo - A Feira Agroecológica de Jabó, um empreendimento coletivo que busca dar oportunidade, por um lado, para os agricultores familiares comercializarem seus produtos e, por outro, para os consumidores saberem onde encontrar produtos tracionais, diversificados e de qualidade. A Feira Raízes do Campo acontece também em parceria com a Feira de Artesanto, organizada pela Prefeitura.

Os consumidores que veem a importância de apoiar a Feira, encontram-se no Grupo de Consumidores Responsáveis, que faz parte também desse empreendimento em parceria.

Visite o site e saiba mais:

 

I Encontro de Homeopatia na Agricultura de Jabó


Desde 2011 a Amanu vem trabalhando com a homeopatia na agricultura junto às comunidades de Jaboticatubas. Foram realizadas duas vivências, em parceria com a terapeuta Inez Alvez, para os educandos do MOVA-Brasil. Das vivências, as educadoras foram orientadas a dar continuidade às discussões nas aulas de alfabetização. Paralelamente, no Projeto Nessa Terra Tudo Dá, a homeopatia foi apresentada como opção para alguns dos problemas diagnosticados nas propriedades, como alto custo de produção, uso de insumos tóxicos, contaminação de solo e água e presença de pragas.
A partir do interesse despertado, conseguimos junto à Universidade Federal de Viçosa o Curso de Homeopatia na Agricultura. Foi grande a mobilização para o curso, que teve inscritos de 20 comunidades. O Curso ocorreu de setembro a dezembro e foi concluído por cerca de 40 pessoas, em grande maioria agricultores familiares.
Agora, como forma de divulgar a homeopatia, os resultados alcançados e os aprendizados à outros interessados no município, a turma do curso está realizando de forma coletiva o I Encontro de Homeopatia na Agricultura de Jabó. Fazem parte da equipe organizadora representantes das comunidades do Mato do Tição, Casa de Telhas, Capão Grosso, Sapé, Rio Vermelho, Barreiro, Capão do Berto, Xirú, Vila Santa Rita, Maré Mansa, Serra Morena, Sítio, Jardim das Oliveiras, além de moradores da Sede e das cidades de Lagoa Santa e Sabará.
Os objetivos desse encontro são: divulgar a homeopatia – reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil por ter resultados eficientes, ser acessível e ecológica; possibilitar a troca de experiência dos agricultores participantes com interessados em geral; e receber inscrições para a nova turma do curso, que recomeçará em abril. Durante o evento, também, ocorrerá a Feirinha de Produtos Naturais, que mostrará um pouco da diversidade produzida sem agrotóxicos pelos participantes do curso.
A Amanu entende que as tecnologias adequadas à agricultura familiar são aquelas que não tornam agricultores e agricultoras dependentes de insumos caros, aquelas que utilizam os recursos locais, de forma integrada à natureza, protegendo o solo, a água e a saúde de produtores e consumidores.

Venha participar do nosso evento, prestigie os agricultores que produzem com carinho e respeito à vida!

Bazar da Amanu

A partir de agora, a Amanu fará um bazar mensal em parceria com a LAPENG, onde serão vendidos diversos itens à preços baixos para arrecadar recursos para a Amanu e oferecidas oficinas para a comunidade. 

Esse mês, está prevista a assessoria da homeopata Inez Alves na solução de dúvidas de quem está estudando homeopatia para a agricultura e para quem tem interesse em conhecer. Começará às 15hs. Para participar deve-se comprar um mínimo de R$10,00 no bazar.

Também, haverá sorteio da rifa do ventilador de teto que está sendo vendida no Pilates, com a Keyce; uma apresentação sobre a Amanu e estará disponível uma lista de oficinas para que a mais votada seja oferecida no próximo mês.

Participe!


Amanu seleciona colaboradores


Olá pessoal,
A Amanu está selecionando colaboradores para participarem da 3ª Festa do Centro Cultural Comunitário Pacífico Inácio. A programação da festa inclui: feira de produtos da agricultura familiar, apresentação cultural da comunidade do Açude, barraquinhas e lançamento da cartilha Saberes do Cerrado: Comer, Plantar e Colher na Serra do Cipó
Essa cartilha é resultado da pesquisa de doutorado de Emmanuel Duarte Almada e do Projeto Vivendo nos Cerrados Gerais, coordenado por Daya Gloor Vellasco, da Amanu, que, ao longo de alguns anos, trabalharam junto às comunidades do Açude, Capão do Berto, Espada e Xirú registrando alguns de seus saberes, especialmente em relação ao ambiente da Serra e ao uso de seus recursos. A cartilha foi financiada pelo Projeto FLORELOS: Elos Ecossociais entre as Florestas Brasileiras: Modos de vida sustentáveis em paisagens produtivas, desenvolvido pelo Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN e possui o apoio financeiro da União Européia. 
Os colaboradores ganharão uma cartilha e poderão complementar a programação da Festa. Precisamos de colaboradores para a feira de produtos da agricultura familiar; para as barraquinhas, que venderão alimentos arrecadando dinheiro para o Centro Cultural; para desenvolver atividades com as crianças; e estamos abertos à novas sugestões. 
A Festa e o lançamento ocorrerão dia 10/11 às 18hs na comunidade do Espada, em Jaboticatubas/MG. 
Se você tem interesse em participar e ganhar uma cartilha, escreva para associacaoamanu@gmail.com com sua proposta de participação até dia 01/11 para participar da seleção. 
Obrigado!

Última semana: Apóie iniciativa pela agricultura familiar, economia solidária e agroecologia!

Estamos organizando, no Projeto Nessa Terra Tudo Dá, uma visita à Feira de Agricultura Familiar de Minas Gerais - Agriminas. A visita é uma atividade de pesquisa para os 10 grupos de agricultores e agricultoras aqui no município que estão participando do projeto. Estamos estudando com eles possíveis mercados e apoiando sua organização para acessá-los. Por isso, visitar a Agriminas é uma ótima oportunidade para que conheçam as dinâmicas de uma feira, as possibilidades de produtos e apresentação dos mesmos, além de poderem conversar com os agricultores, tirar dúvidas e compartilhar experiências. Sobretudo, saber que é possível. A idéia é, depois, como resultado desse projeto, criar uma feira municipal, gestada pelos agricultores. Todos estão gostando da idéia e acreditamos que essa visita técnica aumentará ainda mais os ânimos.

Organizamos uma comissão composta de 2 coordenadores, 10 educadoras, que são as agentes locais do projeto, e 3 representantes de cada grupo, totalizando 42 pessoas. A FETAEMG está nos apoiando também. Os agricultores arcarão com seu deslocamento ao centro urbano (para algumas comunidades só há o táxi como opção, o que encarece muito) e o Projeto deve arcar com o ôninus Jaboticatubas - BH - Jaboticatubas. Ainda não conseguimos o recurso para isso, já que foi uma atividade extra, proposta pelas agentes locais.

Contribua direto no site da Vakinha, clicando na imagem abaixo:
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Contamos com vocês para fortalecer essa luta pela agricultura familiar, economia solidária e agroecologia!
Nos ajude também a divulgar! Obrigado!

Apoio ao LeCampo/UFMG

Entendendo a Licenciatura em Educação do Campo da UFMG (LeCampo) como uma conquista dos povos do campo e um passo essencial para a construção da educação do campo e do campo que queremos, a Amanu apóia o curso através das seguintes ações:

- Divulgação do curso junto às comunidades rurais (desde 2009). Para tal, a Amanu divulga e explica o curso aos participantes de todos os seus projetos e nos centros urbanos, nos locais mais visitados pelos moradores das áreas rurais;

- Grupo de estudos com os inscritos para o vestibular (2009). Contou com a participação de 5 pessoas e ocorreu com encontros semanais onde as provas antigas foram analisadas;

- Grupo de estudos com os graduandos para leitura e discussão dos textos do curso (2012). Ocorre de 15 em 15 dias, para participar entre em contato através do telefone 9702-9248;

- Divulgação de trabalhos dos graduandos no blog da Amanu, dando visibilidade aos temas e realidades das comunidades rurais do município. Para enviar seu trabalho use o e-mail: associacaoamanu@gmail.com;

- Parcerias com os graduandos e a coordenação na articulação dos trabalhos destes e da Amanu, visando a discussão de temas pertinentes ao campo no município.

Wellington, da comunidade do Lucas, está na Turma de 2010 do LeCampo. Foto de: http://www.lecampo.com.br/
Elisângela e Mariana, da Comunidade do Berto, Thiago, da Comunidade do Lucas, e Débora, da Comunidade de Boa Vista, estão na Turma de 2011 do LeCampo. Foto de: http://www.lecampo.com.br/

Encontros de apresentação do Projeto Nessa Terra Tudo Dá!

A primeira parte do Projeto teve três focos: formação das educadoras para o trabalho com a temática da Agricultura Familiar; apresentação do Projeto para as comunidades, em palestras abertas; incentivo ao uso do material elaborado sobre Agricultura Familiar e ao trabalho com o tema nas turmas do MOVA. 

As apresentações ocorreram de 21.03.2012 a 03.04.2012 nas 10 comunidades rurais onde há turma do MOVA: Barreiro, Capão Grosso, São José da Serra, Mato do Tição, Mato Barreiro, Boa Vista, Capão Clemente, Joana, Curralinho e Capão do Berto. Foram organizadas pela coordenação, as educadoras e os educandos e contaram com lanches feitos pela agricultura familiar, sorteio de rapadurinha, roda de viola, entre outras atrações. Estiveram presentes nesses encontros 360 pessoas, de 20 comunidades.

A palestra se deu com uma conversa que teve como pano de fundo a história da agricultura familiar no Brasil. O objetivo disso foi permitir o entendimento de porque a atividade diminuiu ao longo dos anos no Brasil e por que hoje temos um contexto um pouco diferente, que permite seu fortalecimento. Nesse ponto, foi discutido o Censo Agropecuário da Agricultura Familiar, de 2006, e um vídeo com uma série de experiências recentes com mercados institucionais, informais e formais. Ao longo da conversa sobre a história do Brasil, foi-se fazendo um vínculo com a história da comunidade. Essa estratégia teve como base o conhecimento de que nas comunidades muitos se encontram desencorajados a continuar ou investir nas atividades da agricultura familiar. Dessa forma, a apresentação do projeto deveria ocorrer após possibilitar outra percepção em relação à agricultura familiar, bem mais esperançosa, e a identificação com esse conceito, provocando a valorização dos agricultores e agricultoras. 


A partir da reunião de formação e do diálogo com os trabalhos em desenvolvimento nas turmas do MOVA-Brasil, as educadoras foram incentivadas a trabalhar a temática da agricultura familiar junto aos educandos. Para tal, foi importante o acompanhamento feito pela coordenação e assessoria do presente Projeto em todas as reuniões de formação das educadoras, que ocorrem semanalmente, e não apenas naquelas em que  projeto seria discutido. A temática também teve repercussão em diálogo com a formação nacional do MOVA que este ano incluiu a questão ecológica e passou para as educadoras o vídeo “O veneno está da mesa” que integra a Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. Dentro dessa nova perspectiva do projeto MOVA-Brasil, a temática da agricultura familiar ganha importância enquanto proposta de trabalho, pois traz a perspectiva socioambiental para a compreensão das realidades locais. Outro ponto importante de articulação desse projeto com o MOVA-Brasil é o destaque para os trabalhos das turmas que demos durante os encontros, valorizando o trabalho das educadoras e educandos e dando visibilidade a ele perante a comunidade. Assim, algumas pessoas que não estão nas turmas têm se interessado mais em participar do MOVA. 

Até o momento foram trabalhados pelas educadoras nas turmas: atividades relacionando agricultura e alimentação (este último foi tema de trabalho no ano passado); porcentagens, mostrando o índice de contaminação por agrotóxicos em vários alimentos; ações dos agrotóxicos no organismo; doenças que antigamente eram raras e hoje ocorrem com frequência; distribuição de kit de sementes da Emater; incentivo ao plantio de horta; primeiro texto da apostila com o tema: o que é agricultura familiar; discussão do Censo da Agricultura Familiar de 2006. Os recursos utilizados foram: vídeo “O veneno está da mesa”; roda de conversa; debate; leitura de trechos da apostila com os educandos.

Início do projeto Nessa Terra Tudo Dá

O projeto Nessa Terra Tudo Dá: Fortalecendo a Agricultura Familiar em Jaboticatubas teve início oficialmente no dia 15 de março de 2012, em reunião com as educadoras no centro urbano de Jaboticatubas.A relaização desse projeto faz parte das estratégias listadas pelo Núcleo após a participação na plenária do Fórum Metrô.

Na reunião, foi votado o nome do projeto, a partir de sugestões de educadoras, educandos e coordenadores; foi definida a estratégia de mobilização para os encontros de apresentação nas comunidades, através de faixas e convites; definido o calendário dos encontros; e discutida a primeira apostila de formação para as educadoras, que trata do conceito de agricultura familiar e acessos à mercados. 

A seleção de textos para a apostila buscou trazer discussões conceituais e históricas, aliadas à relatos de experiências de agricultores. Foram discutidos os seguintes textos:

Índice:

Agricultura familiar no Brasil
2. A agricultura brasileira ontem e hoje [capítulo do texto de Carlos Mazzetto para o Projeto Brasil Sustentável e Democrático]
Comercialização local/regional
Experiências com feiras
Experiência com mercados institucionais: PAA e PNAE
Experiências associativas

Pudemos perceber que as discussões trouxeram temáticas e situações familiares às educadoras, que relataram experiências de suas famílias e comunidades. Muitas das experiências recentes da agricultura familiar, por outro lado, despertaram interesse por serem diferentes das que elas conhecem no município.

A próxima etapa será a apresentação do projeto nas dez comunidades junto às turmas do MOVA, participe!

Centro Cultural Comunitário: Biblioteca e Bazar


1) A biblioteca está organizada e com mais itens, graças às diversas doações. Destacamos, em especial, a sessão de Agroecologia, Agricultura Familiar, Comunidades Quilombolas, Agroextrativismo, Plantas Medicinais e Saúde, para a qual contamos com a colaboração da Associação Amanu, Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, Instituto Sociedade, População e Natureza, Associação Quilombola do Mato do Tição, e Mandato do Deputado Padre João. Nosso muito obrigado! 

Se sua instituição possui publicações nessa linha ou semelhante, conte com o Centro Cultural para divulgá-la! Basta entrar em contato conosco para buscarmos as doações.

2) O Bazar foi um sucesso na Festa e depois disso passou a ser atividade permanente de arrecadação de recursos para o Centro Cultural. Agradecemos as doações de todas as pessoas e em especial à Inez Alves Dias que, além de sugerir a atividade, em primeiro lugar, faz a ponte entre o Centro Cultural, a Conviver- Saber Social e a Casa do Saber, ambas em Lagoa Santa, que doam itens para o Bazar. Obrigado!

Núcleo do MOVA em Jaboticatubas entrega carta à Prefeitura

Essa carta faz parte das estratégias listadas pelo Núcleo após a participação na plenária do Fórum Metrô e foi enviada após o Prefeito, durante a cerimônia de entrega de certificados, ter se comprometido em apoiar o projeto.


Jaboticatubas, 19 de janeiro de 2012

Solicitação de transporte dos educandos do MOVA – Brasil

Excelentíssimo Senhor Prefeito Dr. Luís Mauro e demais representantes do poder público,

    Em 2011 foram instaladas em dez comunidades rurais jaboticatubenses turmas de alfabetização de jovens e adultos do projeto MOVA – Brasil, que terão continuidade nesse ano que se inicia. O MOVA – Brasil tem como principal objetivo inserir no mundo da leitura e da escrita jovens e adultos que tiveram seus direitos de aprender a ler e escrever negados. Sabemos, como consta na Constituição Federal, que é direito de todo cidadão ter acesso à educação de qualidade, e que esse direito é condição de possibilidade para o pleno exercício da cidadania democrática. Estamos cientes também das metas previstas no Plano Nacional de Educação – PNE, que visam a erradicação do analfabetismo total e funcional e a inserção dos educandos que vivem no campo em escolas do campo, ou seja, proporcionar um processo de escolarização que esteja vinculado ao ambiente em que vivem os educandos. Em Jaboticatubas, a oferta de EJA – Educação de Jovens e Adultos é pequena e não atende aos educandos das comunidades rurais, já que o transporte teria que ser feito para as áreas urbanas em horário inadequado ao aluno trabalhador. Assim, o MOVA – Brasil vem de forma emergencial atender uma demanda latente no município, estando mais próximo desses educandos e os instigando a continuar os estudos.
    Em Jaboticatubas, o MOVA funciona nas comunidades do Capão do Berto, Joana, Curralinho, Capão Clemente, Mato do Tição, Mato Barreiro, Boa Vista, Barreiro, Capão Grosso e São José da Serra. Em 2011, atendeu 155 educandos, contando com o apoio destes e das associações comunitárias na sua manutenção, pois o deslocamento dos educandos, o prédio onde a turma funciona, a alimentação e diversos materiais necessários às práticas pedagógicas são responsabilidade das turmas e dos parceiros locais. No entanto, o total de pessoas inscritas foi de 244, que acabaram não terminando o ano com a turma, muitas delas devido à dificuldade de deslocamento. Ainda, o Projeto tem possibilidade de atender cerca de 300 educandos, e há pedidos de outras comunidades para que possam também participar das turmas nesse ano de 2012. Sendo assim, para que o Projeto continue e possa oferecer essa oportunidade à mais pessoas, a principal dificuldade é a falta de transporte, o que deixa diversos cidadãos que moram a 5 ou 10 km das turmas sem ter o direito ao acesso a educação garantido. Esse educando trabalhador precisa de um transporte e uma escola que o atenda sem prejudicar seu horário de trabalho, a escola que o MOVA vem tentando garantir, mas a falta do transporte dificulta e muito a garantia do acesso e permanência destes educandos das áreas rurais.
    Por esses e outros motivos é que nós do MOVA – Brasil de Jaboticatubas solicitamos a parceria da Prefeitura de modo a garantir o transporte dos educandos jovens e adultos das áreas rurais de suas comunidades até o local em que funcionam as turmas de alfabetização do MOVA - Brasil. Como as turmas estão instaladas em escolas rurais, igrejas, associações comunitárias e prédios onde funcionavam antigas escolas rurais, acreditamos que o transporte das comunidades do entorno dessas turmas não será oneroso e possibilitará um deslocamento curto para o aluno trabalhador que já tem dificuldades de manter os estudos numa rotina cansativa de trabalho e muitas vezes em idade avançada. Além disso, em várias dessas comunidades já dorme o ônibus escolar que não tem uso noturno, o que facilita o atendimento à demanda das turmas do MOVA.
    Para que esse transporte seja de fato acessível precisamos: de transporte no entorno às turmas (num raio de 10 km em relação a cada turma), que leve os alunos para as aulas entre 18:00 e 19:00 horas, e retorne com eles entre 21:00 e 22:00 horas (pois o horário de funcionamento das turmas é flexível e pode variar para melhor atender o educando).
    Acreditamos que o Poder Público tem interesse em atender aos direitos públicos de seus cidadãos, fazendo valer o acesso e a permanência dos cidadãos do campo de Jaboticatubas ao ensino de qualidade. Dessa forma, agradecemos a atenção e esperamos que a Prefeitura estude meios de firmar essa parceria, seja adicionando o pedido à licitação do transporte escolar, seja via parceria com entidades devidamente registradas que fazem parte do MOVA ou de alguma outra forma que seja legalmente possível.
Atenciosamente,
Educandos, educadoras, coordenadores, articuladores e parceiros do MOVA – Brasil de Jaboticatubas.

Para maiores informações sobre o MOVA – Brasil visite: www.associacaoamanu.blosgpot.com ou www.paulofreire.org e procure os materiais organizados pelo Núcleo Jaboticatubas já entregues à Prefeitura, como o Vídeo “Velho é o mundo”.

Disseminando o conhecimento e o uso da homeopatia


A partir dos temas geradores que nortearam o trabalho das turmas do Projeto MOVA-Brasil, que giravam em torno da saúde, foi proposta pela Inez Alvez e pela Amanu vivências para divulgação da homeopatia junto às educadoras e educandos. O objetivo era tratar da temática da saúde sobre a perspectiva da homeopatia, tanto em tratamento humano quanto nas atividades da agricultura, muito presentes nas turmas. A importância se dá pela precariedade do serviço de saúde oferecido no município e pela ampla utilização de agrotóxicos, com casos de intoxicação e morte conhecidos. De acordo com o interesse e as condições de cada turma, foram preparadas junto às educadoras 2 vivências, uma no centro urbano de Jaboticatubas e outra no centro urbano de São José de Almeida. As vivências foram organizadas para as turmas do MOVA, mas foram também abertas e divulgadas para a comunidade em geral.

Em Jaboticatubas, o encontro ocorreu no dia 29 de outubro de 2011 e contou com a presença de 23 pessoas, entre representantes da Amanu, do Capão Clemente, Mato do Tição, Belo Horizonte, Barreiro, Jaboticatubas, Mato Barreiro, Brumadinho, Capão Grosso, São José de Almeida e Lagoa Santa. Em relação às turmas do MOVA, a participação foi abaixo do esperado. Ainda, muitos não ficaram durante todo o encontro. Contudo, foi muito importante a presença do José Osvaldo, de Brumadinho, que compartilhou suas experiências com ME e é possível local de visita; de Luiz Gustavo, que é presidente do Sindicato dos Profissionais em Terapias Naturais, Energéticas e Complementares de MG e que está aberto a parcerias; de Francisco José do Sindicato dos Produtores de Almeida, que quer fazer a transição agroecológica; e de Sueni Paladini, terapeuta floral. Também, todos os presentes gostaram muito do encontro e agora entendem um pouco melhor a importância da temática para a melhoria da qualidade de vida.

Já em São José de Almeida, após conversa com as educadoras e retorno sobre o encontro em Jaboticatubas, a presença das turmas do MOVA foi grande. O encontro ocorreu dia 5 de novembro de 2011 e contou com a presença de 30 pessoas, entre representantes de São José da Serra, Capão do Berto, São José de Almeida, Sindicato rural, Fazenda Santo Antônio, Curralinho, Joana e Capão Grosso. Aos poucos as pessoas foram ficando a vontade e o encontro teve um clima divertido, com grande participação dos educandos e educadoras. O interesse despertado foi grande, como exemplifica a fala de Seu Antônio, da comunidade do Berto: “Eu já participei de muitas coisas na minha vida, para tudo que fui chamado eu tentei participar, fiz cursos, participei de associação e sindicato. De todas as coisas que eu vi essa foi a mais importante, pois falou de muitas coisas que conhecemos [uso de plantas para o cuidado com a saúde e produção orgânica] mas levou para um lado totalmente diferente, que a gente nem imaginava que existia, e que é muito importante. E não fui só eu que achei não, no ônibus de volta viemos comentando isso e muitos concordaram”. ia.almente diferente, que a gente nem imaginavapois falou de muitas coisas que conhecemos, mas levou para um lado tota

As atividades estão previstas para continuar em 2012, com o início de um novo projeto, cujo objetivo principal será disseminar o uso da homeopatia pelas populações do campo, se articulando também a outros projetos em curso e junto às turmas do MOVA. Preparem-se!

Turma do Capão do Berto envia carta à Câmara Municipal

Durante o ano, um dos temas que nortearam os trabalhos da turma do MOVA-Brasil na comunidade do Capão do Berto foi a saúde. Ao fim das discussões, os educandos, educadoras e comunidade em geral enviaram à Câmara Municipal uma carta onde reivindicam o acesso à este direito e expõem a falta de atenção do município para a área rural. Leia abaixo:



Capão do Berto, 14/11/2011

Excelentíssimo Sr. Prefeito de Jaboticatubas
e Ilustríssimos Srs. Vereadores da Câmara Municipal

É com grande respeito que nos dirigimos aos Srs. e oferecemos nossos cumprimentos para apresentar nossas reivindicações.
Sabemos da imensidão e grandeza do nosso Município e estamos atentos para os trabalhos nele desenvolvidos, como também estamos conscientes dos nossos direitos e deveres enquanto cidadãos jaboticatubenses. Por isso mesmo, queremos que os Senhores olhem com mais atenção para a nossa comunidade, que é uma das mais distantes da Sede, ficando, muitas vezes, a margem dos benefícios.
Queremos reclamar da precariedade no setor da saúde. Nós, educandos do Projeto MOVA-Brasil e a comunidade como um todo, depois de algumas conversas, decidimos reivindicar sua atenção para as seguintes questões:
(a)    Tratamento dentário acessível à população visto que a maioria não tem condições de pagar pelo tratamento;
(b)   Dificuldade que temos para acessar médicos especialistas e exames, já que temos que pagar passagem para vir até a cidade apenas para agendarmos os mesmos;
(c)    Falta de água tratada;
(d)   Inexistência de coleta de lixo. Sabemos que não devemos queimá-los e nem deixá-los espalhados em qualquer ambiente, mas nunca houve atenção da prefeitura para isso;
(e)    Não há entrega de nossas correspondências pelo correio, precisamos ir a cidade para isso;
(f)    Construção de um tele-centro com internet, pois a comunidade não tem acesso necessitando do deslocamento até Almeida ou Jaboticatubas;
(g)   O atendimento médico é feito na Igreja sem a mínima condição adequada.

Muitas vezes buscamos ajuda no Município de Santana do Riacho, onde os moradores da Zona Rural têm ônibus gratuito uma vez por semana, prioridade nas fichas de consultas, tratamento dentário e transporte gratuito para exames e consultas fora do Município. Beneficio que esta em risco devido as péssimas condições em que se encontra a pinguela de acesso que foi construída com ajuda da prefeitura de Santana do Riacho. De Jaboticatubas só houve promessas. Essa travessia também é o único acesso para pegarmos o ônibus da Saritur que realiza o trajeto Santana a BH.
Estamos construindo aqui um Centro Social com nossos próprios recursos, que servirá para atendimento médico, reuniões, cursos e outros eventos. Apesar de todas as tentativas de dialogar com a prefeitura, não houve sequer uma visita por parte do prefeito e dos vereadores desde o ano da eleição.
Tivemos este ano uma turma de alfabetização onde a maioria dos alunos desistiu pela falta de transporte. Contudo, estamos conseguindo vencer mais essa etapa. Não é de nossa intenção ofendê-los, nem desrespeitá-los, só queremos lembrar ao Exmo.Sr. prefeito e vereadores que existimos para além do ano eleitoral. Independente de estarmos na zona rural fazermos parte de Jaboticatubas e queremos estar incluídos nos benefícios que são de direito de todos e previsto na Constituição.
Desde já agradecemos Vossa atenção e esperamos que nossas reivindicações sejam plenamente atendidas.

Turma de alfabetização do Projeto MOVA-Brasil e comunidade do Capão do Berto.

Participação no Fórum Metropolitano de EJA

O Núcleo do MOVA-Brasil de Jaboticatubas esteve na reunião do Fórum Metropolitano de EJA do dia 28.10.2011 para pensar em formas de conquistar uma Educação de Jovens e Adultos efetiva em Jaboticatubas, especialmente para as comunidades rurais, hoje sem acesso, e relatar a importância do Projeto MOVA-Brasil, mesmo que não seja uma solução definitiva.

Estivemos, coordenador, articuladora, educadoras e educandas, representando o núcleo e a Regina, educanda do Mato do Tição, representou os educandos do MOVA na mesa.

Após a visita, definimos algumas ações que devem ser realizadas no município:
1) Organizar a demanda de EJA nas comunidades rurais – fazer um dossiê da situação que será amplamente divulgado;
2) Apontar em depoimentos as experiências do MOVA e discutir que educação queremos;
3) Discutir a importância da reativação das escolas rurais;
4) Tentar parceria com a Prefeitura para o transporte dos educandos do MOVA em 2012;
5) De posse dos documentos acima, realizar uma audiência pública para discutir a realidade da EJA em Jaboticatubas e formas democráticas de se resolver o problema da esfera governamental não estar cumprindo o direito público subjetivo da educação de qualidade para todos;
6) Lançar uma campanha que deve ser estudada nas turmas do MOVA, enviada à Prefeitura, Fórum, IPF, facebook etc. para 2012-2013;
7) Articular projetos de geração de renda para a agricultura familiar e artesãos dentro do processo de alfabetização;
8) Articular parcerias relacionadas à: homeopatia na família e na agricultura; educação e cooperativismo; jogos educativos; articulação social e tecnologias sociais. Meta: alfabetização profissionalizante.

Contamos com o apoio de todos nesse empreitada! Vejam aqui nosso relatório da Reunião.

Festa de 1 Ano do Centro Cultural!

No dia 27 de agosto de 2011 foi comemorado 1 ano de atividades do Centro Cultural Comunitário Pacífico Inácio! Para organização da Festa, foram feitos mutirões e divididas equipes. Ajudaram o Grupo Gestor do Centro Cultural, a turma do Curso do Projeto Vivendo nos Cerrados Gerais, a turma do MOVA das Comunidades do Berto e do Espada, e os Amigos do Centro Cultural. A Festa foi um sucesso e contou com reza e leilão, violas e sanfona, animador, bazar, canjica, barraquinhas, exposição de fotos e o batuque! Nosso fogão eco-eficiente foi inaugurado com sucesso e despertou curiosidade na Festa! 

A turma do Centro Cultural agradece às contribuições da família Pacífico Inácio, da Inez de Lagoa Santa e da Letícia, graduanda em jornalismo da PUC-Minas, que registrou a Festa nas fotos que vocês podem ver abaixo, além de todos que ajudaram e que vieram comemorar conosco! Que venham muitos outros anos de atividades no Centro Cultural Comunitário Pacífico Inácio!

Alfabetização de Jovens e Adultos no Campo

Dentro do Núcleo do MOVA de Jaboticatubas, a Amanu produziu um vídeo de 30 minutos que aborda um pouco da realidade das comunidades rurais do município em relação à EJA, à educação do campo, ao direito à educação e à realização do Projeto MOVA-Brasil. O vídeo foi feito como atividade de divulgação, esclarecimento, sensibilização e estímulo a um maior envolvimento das comunidades e parceiros no Núcleo Jaboticatubas do Projeto MOVA-Brasil, e o argumento principal é mostrar um pouco de como está acontecendo o Projeto no município, tendo como pano de fundo as temáticas acima mencionadas.

Se você se interessa em ter uma cópia do vídeo, basta entrar em contato por e-mail. Veja o vídeo abaixo (está dividido em três partes):